quarta-feira, 15 de abril de 2015
Penso, logo estou solteiro.
Estar solteiro por opção é um tanto quanto curioso.
Hoje, mais calmo consigo enxergar as relações através de uma ótica bem menos distorcida.
Em meus atuais flertes vejo claramente a carência que muitas vezes afoga a maioria das pessoas.
Em meio a uma conversa descompromissada, por exemplo, o parceiro em questão sempre deixa escapar que existe ali um eminente desejo de que possamos ter algo sério, um namoro, talvez. Mas, peraí: é natural imaginar um futuro juntos já num primeiro encontro? Talvez seja...
Quem sabe minha sensibilidade é que anda muito aflorada e percebe coisas demais, não é mesmo?
O que de fato posso falar com propriedade é que vejo nestes caras, o André de um passado distante.
Era um André que definitivamente ainda não havia descoberto que a solidão não existe. Hoje, sei que ela não existe porque me descobri.
De verdade? Me sinto aliviado por ter percebido que viver a vida sóbrio pode ser uma opção bem interessante...
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